* Nessa seção você acompanha algumas dicas essenciais em primeiros socorros, que podem salvar a vida de um paciente em caso de emergência. Confira!


PARADA RESPIRATÓRIA

Quando ocorre a parada respiratória, é necessário que a respiração da vítima seja imediatamente restabelecida. Caso contrário, ela estará sujeita a morte em poucos instantes.


Como detectar:
Observar os sinais graves: Se o peito da vítima não se mexer ou se os lábios, face, língua e unhas ficarem azulados, certamente houve  parada respiratória.

O que fazer: Aplique respiração de socorro imediatamente.

Como fazer a respiração artificial ou de socorro: Afrouxe roupas, desobstrua a circulação do pescoço, peito e cintura. Desobstrua as vias aéreas (boca ou garganta). Coloque a vítima em uma posição correta. Ritmo: 15 respirações por minuto. Observação importante: ficar atento para reiniciar o processo a qualquer momento, caso seja necessário.


 
Métodos de Respiração Artificial: Método boca-a-boca (para crianças) Deitar a criança com o rosto para cima e a cabeça inclinada para trás. Levantar o queixo projetando-o para fora. Evitar que a língua obstrua a passagem de ar. Colocar a boca sobre a boca e o nariz da criança e soprar suavemente até que o pulmão dela se encha de ar e o peito se levante. Deixe que ela expire livremente e repita o método com o ritmo de 15 respirações por minuto. Pressione também o estômago para evitar que ele se encha de ar. Método boca-a-boca (para adultos) Deitar a vítima de costas.

Levantar o pescoço com uma das mãos, inclinando a cabeça para trás. Com a mesma mão, puxe o queixo da vítima para cima, impedindo que a língua obstrua a entrada e saída de ar. Coloque a boca sobre a boca. Feche bem as narinas da vítima com o polegar e o indicador. Depois sopre dentro da boca até que o peito se levante e deixe que o indivíduo expire livremente. Repita o processo na freqüência de 15 vezes por minuto.

Método Holger-Nielsen Caso não haja condições de realizar o método boca-a-boca e seja detectada a ausência de fraturas, pode-se combinar a pressão exercida nas costas da vítima com movimento dos braços. Deitar o paciente de bruços, com a cabeça apoiada nas mãos e o rosto voltado para um dos lados para melhor respirar. Junte os seus joelhos a cabeça da vítima e em seguida espalme as mãos nas costas dela. Os seus pulsos devem ficar na altura das axilas do individuo. De forma vagarosa movimente para frente até que seus braços estejam quase verticais. Ir aumentando a pressão gradativamente.

Em seguida, ajuste o peso do seu corpo sobre as costas da vítima e use movimentos menos bruscos para a compressão final. Como última etapa desse processo, segure os cotovelos da vítima e levante seus braços para trás até sentir a resistência máxima dos ombros. O ritmo é de 12 vezes por minuto podendo se estender por mais de quatro horas até que a respiração esteja restabelecida e o médico tenha chegado. Método Sylvester Esse método também é usado na impossibilidade de fazer o boca-a-boca.
Colocar a vítima com o rosto para cima. Apóie algo por baixo dos ombros para que a vítima incline a cabeça para trás. Ajoelhe-se diante da vítima e coloque a cabeça dela entre os seus joelhos. Segure-lhe os braços pelos pulsos. Cruze-os e comprima-os contra a parede inferior do peito. Depois puxe os braços do individuo para cima, para fora e para trás o máximo que puder. Repetições: 15 vezes por minuto.
Cuidados: Mantenha a vítima aquecida e afrouxe as roupas dela. Aja imediatamente, sem desanimar. Mantenha a vítima deitada. Não dê líquidos para a vítima inconsciente. Nunca dê bebidas alcoólicas logo após recobrar a consciência. É aconselhável café ou chá. O transporte da vítima é desaconselhável, a menos que seja possível manter o ritmo da respiração de socorro. A posição precisa ser deitada. Procure um médico e transporte a vítima quando ela se recuperar.


O que pode causar: Gases venenosos, vapores químicos ou falta de oxigênio. Procedimento: remover a vítima para local arejado e fora de perigo de contaminação. Em seguida, aplique a respiração artificial pelo método boca-a-boca. Afogamento Procedimento: retirar a vítima da água. Inicie a respiração artificial imediatamente assim que ela atinja local plano, como por exemplo, no próprio barco. Agasalhe e comprima o estômago, se necessário, para expulsar o excesso de água.
Sufocação por saco plástico Procedimento: rasgar e retirar o saco plástico, depois iniciar a respiração boca-a-boca. Choque elétrico Procedimento: não tocar na vítima até ter a certeza que ela não está mais em contato com a corrente. Pode-se desligar a tomada quando possível ou tentar afastar a vítima do contato elétrico com uma vara ou algo semelhante que não seja condutor elétrico. Em seguida inicie a respiração artificial.



Abalos violentos resultantes de explosão ou pancadas na cabeça e envenenamento por ingestão de sedativos ou produtos químicos procedimento: iniciar imediatamente a respiração boca-a-boca.

Soterramento Procedimento: fazer respiração boca-a-boca vigorosamente, evitando novos desmoronamentos. Tentar liberar o tórax da vítima.

Sufocação por corpos estranhos nas vias aéreas do bebê, da criança, do adulto Procedimento: desobstruir as vias aéreas e iniciar a respiração artificial.

 


PARADA CARDÍACA

Observe os sinais: Ausência de pulso e dos batimentos cardíacos, além de acentuada palidez. Se detectado algum desses sinais a ação deve ser imediata e não será possível esperar o médico para iniciar o atendimento.

O que fazer: Aplique a massagem cardíaca externa.

Como fazer a massagem cardíaca: Colocar a vítima deitada de costas em superfície plana e dura. As mãos do atendente de emergência devem sobrepor a metade inferior do esterno. Os dedos ficam abertos sem tocar o tórax. A partir daí deve-se pressionar vigorosamente, abaixando o esterno e comprimindo o coração de encontro a coluna vertebral. Em seguida, descumprima. Repetições: quantas forem necessárias até a recuperação dos batimentos. É recomendável a média de 60 compressões por minuto.

Cuidados: Em jovens a pressão deve ser feita com apenas uma das mãos e em crianças com os dedos. Essa medida evita fraturas ósseas no esterno e costelas. Caso houver  parada  respiratória juntamente com a cardíaca ambas devem ser realizadas, reciprocamente.
O que pode causar: Ataque cardíaco Choque elétrico Estrangulamento Sufocação Reações alérgicas graves Afogamento



ESTADO DE CHOQUE

Observar os sinais: Pele fria, sudorese, palidez de face, respiração curta, rápida e irregular, visão turva, pulso rápido e fraco, semiconsciência, vertigem ou queda ao chão, náuseas ou vômitos.

O que pode causar: Queimaduras, ferimentos graves ou externos Esmagamentos Perda de sangue Envenenamento por produtos químicos Ataque cardíaco Exposições extremas ao calor ou frio Intoxicação por alimentos Fraturas.

O que fazer: Avaliar rapidamente o estado da vítima e estabelecer prioridades. Manter a vítima deitada, se possível com as pernas elevadas 25 cm a 35 cm, afrouxar as roupas e agasalhar a vítima. Lembre-se de manter a respiração. E se possível dê-lhe líquidos como água, café ou chá para ela beber.



ENVENENAMENTO ATRAVÉS DA PELE

O que fazer: Lavar abundantemente por 15 minutos em água corrente.


CONTAMINAÇÃO DOS OLHOS

O que fazer: Lave com água ou soro fisiológico mantendo as pálpebras abertas até chegar ao Hospital


HEMORRAGIA

O que é: Perda de sangue excessiva devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, veia ou artéria.

Gravidade: A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte de três a cinco minutos. Não perca tempo.


   
O que fazer: Fazer pressão diretamente sobre a ferida para estancar a hemorragia com compressa de gaze, pano ou lenço limpo. Em caso de pernas e braços amputados, esmagados ou dilacerados são utilizados os torniquetes.
Como fazer um torniquete: Escolhas panos largos e resistentes. Em seguida, enrole o pano em volta da parte superior do membro afetado, logo acima do ferimento dando meio-nó. Utilize um pedaço de madeira sobre o meio-nó e complete o nó. Depois torça o pedaço de madeira até que a hemorragia esteja controlada. Marque em qualquer lugar mais visível na vítima com algum tipo de tinta as iniciais TQ (torniquete) e a hora. E não esqueça de não cobrir o torniquete. A cada dez ou 15 minutos desaperte o torniquete. Não retire o torniquete, pode ser preciso reapertá-lo.


HEMORRAGIA INTERNA

Observe os sinais: Pulso fraco, pele fria, suores abundantes, palidez intensas e mucosas descoradas, sede, tonturas, às vezes, inconsciência.

O que fazer: Manter o paciente deitado e aplicar compressas frias na possível região atingida. Depois siga os procedimentos de estado de choque.
 

HEMORRAGIA NASAL (Epistaxe)



Observe os sinais: Tosse com golfadas de sangue vermelho rutilante.

O que fazer: Posicionar a cabeça para traz e comprimir a narina sangrante durante cinco minutos e soltar levemente. Se a hemorragia não cessar, use um tampão de gaze por dentro da narina e coloque um pano frio qualquer sobre o nariz.


HEMORRAGIA DOS PULMÕES (Hemoptise)

O que fazer: Deitar a vítima em posição lateral, fazer compressas frias, e se possível, aguardar a chegada do socorro médico. Evite que ele converse. Mantenha-o calmo.



HEMORRAGIA DO ESTÔMAGO (Hematêmese)

Observe os sinais: Enjôo (náusea) dor, vômitos, com sangue escuro (borra de café)

O que fazer: Colocar a vítima sentada ou deitada com a cabeça elevada. Aplicar compressas frias (Gelo) sobre o epigástrico e aguardar socorro médico.


LESÕES: OSSOS E ARTICULAÇÕES

LESÕES NA ESPINHA (Coluna)

O que fazer: Ter cuidado no atendimento e no transporte fazendo imobilização correta. Manter a vítima imóvel e devidamente agasalhada. Verifique a respiração e esteja pronto para iniciar o método boca-a-boca, se necessário.

FRATURAS

O que são: São quebras de um osso causadas por uma pancada muito forte, uma queda ou esmagamento.

O que fazer: Impedir o deslocamento das partes fraturadas, evitando maiores danos.

Classificação das fraturas: Fechadas Expostas

Cuidados: Não desloque ou arraste a vítima até que a região suspeita de fratura tenha sido imobilizada, a menos que haja eminente perigo (Explosões ou trânsito).

LUXAÇÕES OU DESLOCAMENTOS DAS JUNTAS (BRAÇO, OMBRO)

Observe os sinais: Deslocamento de ossos e juntos do lugar.

O que fazer: Faça uma tipóia.

 

ENTORSES E DISTENSÕES

O que fazer:
Trate como se fossem fraturas. Aplique gelo e compressas frias no local.

Cuidados: O calor aumenta a dor e o inchaço, portanto nada de aplicar nada quente sobre a região afetada.



CONTUSÕES


 
Observe os sinais: Pele arroxeada com inchaço

O que fazer: Providenciar repouso do local (imobilização) e aplicar compressas frias.


FERIMENTOS

FERIMENTOS LEVES OU SUPERFICIAIS


 
O que fazer: Faça limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente, curativo com mercúrio cromo ou iodo e cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando a vítima ao pronto Socorro ou UBS.

Cuidados: Não tente tirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento.


FERIMENTOS EXTENSOS OU PROFUNDOS (Caso haja hemorragia, siga as instruções anteriores)

Ferimentos abdominais abertos Procedimentos: evite mexer em vísceras expostas, cubra com compressa úmida e fixe-a com faixa, removendo a vítima com cuidado a um pronto-socorro mais próximo.

Ferimentos profundos no tórax Procedimentos: cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, evitando entrada de ar para o interior do tórax, durante a inspiração. Aperte moderadamente um cinto ou faixa em torno do tórax para não prejudicar a respiração da vítima.


 
Ferimentos na cabeça Procedimentos: afrouxe suas roupas, mantenha a vítima deitada em decúbito dorsal e agasalhada. Façam compressas para conter hemorragias, removendo-a ao posto de saúde mais próximo.


FERIMENTOS PERFURANTES

O que são:
Lesões causadas por acidente com vidros e metais, etc.

O que fazer: Farpas - Prenda-as com uma atadura sobre uma gaze. Atadura - Nos dedos, mãos, antebraço ou perna, cotovelo ou joelho

Como fazer: Bandagem - Serve para manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo lesada.

Cuidados: A região deve estar limpa e os músculos relaxados. Começar das extremidades dos membros lesados para o centro. Qualquer enfaixamento ou bandagem que provoque dor ou arroxeamento na região deve ser afrouxada imediatamente.

QUEIMADURAS

O que são: Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo é uma queimadura.

Gravidade: Uma pessoa com 25% do corpo queimado está sujeita a "choque de queimadura" e pode morrer se não receber imediatamente os primeiros socorros.

O que pode causar: Corpo em contato com chama, brasa ou fogo, vapores quentes, líquidos ferventes, sólidos superaquecidos ou incandescentes, substâncias químicas, emanações radioativas, radiações infravermelhas e ultravioletas e eletricidade.

Classificação das queimaduras: 1º Grau – lesões das camadas superficiais da pele. Ex: raios solares.
2º Grau - formação de bolhas na área atingida de 3º Grau - atinge tecidos mais profundos até o osso.

Gravidade: O risco de vida está na extensão da superfície atingida devido ao estado de choque e contaminação da área (infecção bacteriana).
PRIMEIROS SOCORROS.

PEQUENAS QUEIMADURAS - atingem menos de 10% do corpo. GRANDES QUEIMADURAS – atingem mais de 10% do corpo.
Cuidados: Não fure as bolhas, evite tocar a área queimada.

QUEIMADURAS QUÍMICAS (Ácidos - soda cáustica, outros produtos químicos).
O que fazer: Pequenas - Lavar o local com água corrente. Extensas - Retirar toda a roupa atingida e lavar abundantemente com água a região.


 
Cuidados: Não aplique ungüentos, graxas, bicarbonato de sódio ou outras substâncias em queimaduras. Não retire corpos estranhos ou graxos das lesões. Não fure as bolhas existentes, nem toque com as mãos a área afetada.

QUEIMADURA NOS OLHOS

O que pode causar: Contato dos olhos com substâncias irritantes, como ácidos, álcalis, água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido e chama direta.

O que fazer: Lavar os olhos com soro fisiológico. Vendá-los com gaze umedecida e levar ao médico com urgência.


ENVENENAMENTO

O que é: Intoxicação grave causada por produtos nocivos ao organismo, como drogas, gases, ervas venenosas, produtos químicos, comidas diferentes, etc.
Observe os sinais e sintomas Hálito característico, observar cor das mucosas, dor abdominal, dor ou sensação de queimadura na boca e garganta, tonturas, etc. Verifique se há possíveis produtos químicos ou drogas, nas proximidades da vítima. Ou vestígios de folhas venenosas nas extremidades bucal


VENENOS INGERIDOS

O que fazer: Provoque o vômito. Dê o Antídoto Universal: duas partes de torradas queimadas, uma parte de leite de magnésia, uma parte de chá forte. Mantenha a vítima agasalhada. Respiração de Socorro (método Sylvester). Leve ao médico ou hospital o recipiente com restos do veneno ou o rótulo. Ao ligar para o C.C.I. tenha todos os dados da ocorrência: hora da ingestão, idade da vítima, como ela se encontra no momento e se possível o nome do produto ingerido não se esquecer de caneta e um papel para anotar possíveis condutas imediatas a serem feitas.

Cuidados: Não provoque vômito se a vítima tiver ingerido: soda cáustica, derivados de petróleo, como querosene, gasolina, líquido de isqueiro, remover, ou ainda ácidos, água de cal, amônia, alvejantes de uso doméstico, tira-ferrugem, desodorante de banheiro. Não deixe o indivíduo ingerir álcool, azeite ou óleo. Evite que ele ande.


VENENOS ASPIRADOS

Observe os sinais:
Palidez de pele, cianose de lábios, falta de ar, perda dos sentidos.

O que fazer: Areje o ambiente e aplique respiração pelo método de Sylvester. Remova imediatamente para um hospital.


ENVENENAMENTO ATRAVÉS DA PELE

O que fazer: Lavar abundantemente por 15 minutos em água corrente.


CONTAMINAÇÃO DOS OLHOS

O que fazer: Lave com água ou soro fisiológico mantendo as pálpebras abertas até chegar ao Hospital.


ACIDENTES TÉRMICOS

ACIDENTES PROVOCADOS PELO CALOR


 
O que é: Insolação: ação dos raios solares, sobre um a pessoa, por tempo prolongado(praia, campo, mesmo nas grandes cidades)

Intermação: ação do calor sobre pessoas que trabalham em ambientes fechados a altas temperaturas, exemplo: caldeiras, fornos, etc.

Observe os sinais: Pele quente e vermelha, posteriormente palidez facial, sudorese intensa, respiração rápida, batedeira, vertigens e agitação, dor de cabeça e enjôo.

O que fazer: Tentar reduzir a temperatura do corpo. Retire a vítima do local, umedeça a cabeça e o tronco com água fria, ofereça líquidos à vontade.


ACIDENTES PELO FRIO

Observe os sinais: Limitação dos movimentos dos membros, palidez facial, pele fria, cianose, lábios e extremidades, dores articulares semi- consciência e vertigens.

O que fazer: Aquecer a parte atingida como um banho morno, roupas quentes, exercícios, etc. Dê bebidas quentes como chá, café ou leite.

CORPOS ESTRANHOS

O que são: Pequenas partículas de vidro, madeira, poeira, carvão, areia ou limalha, grãos diversos, sementes insetos mosquitos, formigas, moscas, besouros, etc. que podem penetrar nos olhos, nariz e ouvidos. Crianças pequenas podem, acidentalmente, introduzir objetos nas cavidades do corpo, em especial no nariz, boca e ouvidos. Estes objetos são, na maioria das vezes, peças de brinquedos, sementes, moedas, bolinhas de papel e grampos. Se houver asfixia, a vítima apresentará pele azulada e respiração difícil ou ausente.
 
 
OLHOS

O que fazer: Piscar os olhos para permitir que as lágrimas lavem e removam pequenas partículas. Não tente retirá-los e nem esfregue os olhos com os dedos. Se não der certo, faça outros procedimentos. Coloque pálpebra sobre pálpebra. Irrigar o olho com soro fisiológico, água limpa com conta gotas, ou embaixo de uma torneira abrir pouco deixando a água escorrer sobre o olho atingido. Quando o corpo estranho estiver no "branco" do olho e for terra ou areia, poder-se-á tentar retirar delicadamente com um cotonete.



Cuidados: Se o corpo estranho estiver fixo ao globo ocular não tente retirá-lo, coloque uma compressa ou pano limpo cobrindo os dois olhos para evitar movimentos conjugados e leve a vítima ao hospital imediatamente. Se o objeto estiver cravado no olho, não tente retirá-lo, cubra-os e procure ajuda médica. Se não for possível fechar os olhos, cubra-os com um cone de papel grosso (por exemplo, um copo) e procure ajuda médica imediata.


NARIZ

O que fazer: Tente expelir o ar pela narina com corpo estranho fazendo certa pressão com a boca fechada e o outro lado comprimido com o dedo. Instrua a vítima para que ela respire pela boca.

Cuidados: Não introduza instrumentos como arames, palitos, grampos ou pinças nas narinas.


OUVIDOS

O que fazer: Manter o paciente deitado de lado com o ouvido afetado para cima.

Cuidados: Não introduza nenhum instrumento pequeno, quando o corpo estranho for inseto coloque algumas gotas de óleo caseiro dentro do ouvido atingido e posicione a cabeça.


GARGANTA

O que fazer: Mantenha-se ao lado da vítima e de forma calma peça para que ela tussa várias vezes, com a intenção de expelir o corpo estranho. Aplique alguns golpes com a mão em concha no meio das costas com o tronco levemente revertido para frente. Tentar Manobra de Heimlich em pé ou se a vítima desmaiar. Não obtendo sucesso realizar respiração boca-a-boca com a vítima deitada em decúbito dorsal até chegada de socorro médico.

Cuidados: Nunca tente puxar os objetos da garganta ou abrir a boca para examinar o seu interior. Deixe a pessoa tossir com força, este é o recurso mais eficiente quando não há asfixia. Se o objeto tem arestas ou pontas e a pessoa reclamar de dor, procure um médico. Se a pessoa não consegue tossir com força, falar ou chorar é sinal de que o objeto está obstruindo as vias respiratórias, o que significa que há asfixia.

 

MORDIDAS E PICADAS DE ANIMAIS

COBRAS VENENOSAS


 
Gravidade: Aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas são fatais quando a vítima não é socorrida a tempo. Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é necessário procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma.

O que fazer: Deite a vítima e evite esforços desnecessários, pois o estímulo da circulação sanguínea espalha pelo corpo o veneno. Aproveite os primeiros 30 minutos para chupar o sangue local e sugar o veneno ou faça compressões com as mãos no local da mordida. Se não houver sangramento, tente retardar a circulação sanguínea. Aplicar compressas frias sobre o local da picada e conduzir imediatamente para o médico.

Cuidados: Evite que a vítima caminhe. Após 30 minutos a única solução é o encaminhamento médico. Arames, cordas ou barbantes não devem ser utilizados como garrote. Tente levar a cobra para identificação no hospital.
Diferenças entre venenosas e não venenosas: Venenosas – possuem fosseta lacrimal, cabeça triangular, olhos pequenos, cauda afinando abruptamente, escamas com desenhos irregulares, 02 presas no maxilar superior. Não venenosas – têm cabeça arredondada, olhos grandes, cauda longa e afinando gradativamente, dentes pequenos e mais ou menos iguais, não tem fosseta lacrimal.


PICADAS DE ESCORPIÃO, LACRAIA, CENTOPÉIA E ARANHAS.

O que fazer: Procure um médico imediatamente. Na ausência ou falta do médico, aplique o soro específico, se possível dentro da primeira hora da mordida. Coloque compressa de álcool sobre o local da picada. Aplique também gelo ou compressas frias. Mantenha a vítima em repouso. Procure o Instituto Butantã mais próximo da localidade.


MORDIDAS DE ANIMAIS RAIVOSOS

Cuidados: Quem for mordido por um animal deve suspeitar de raiva e mantê-lo em observação até prova em contrário. (10 dias). Mesmo vacinado o animal pode, às vezes, apresentar a doença. Todas as mordidas de animais devem ser vistas por médico.

O que fazer: Lave a ferida imediatamente com água e sabão. Pincele com mercúrio-cromo ou outro. Encaminhe a um médico.


PICADAS E FERROADAS DE INSETOS

Gravidade: Algumas pessoas são muito sensíveis a picadas de insetos e podem correr risco de vida se não forem imediatamente atendidas. Pessoas alérgicas podem sofrer reações graves.

O que fazer: Retire o "ferrão" do inseto. Pressione o local. Aplique gelo ou lave em água fria. Procure socorro médico.


CONVULSÕES

O que são: Contraturas involuntárias da musculatura provocando movimentos desordenados e inconscientes.

O que pode causar: Ataque de epilepsia - Se durar mais de 15 minutos chame um médico.

Cuidados: Antes do socorro: proteja o corpo da vítima para que ela não se machuque contra objetos, afastando-os. Não segure seus membros e aguarde socorro.


CONVULSÕES FEBRIS EM CRIANÇAS

Observe os sinais: Ocorre subitamente quando a temperatura do corpo atinge 39 a 40º. Dê um banho frio e mantenha uma toalha de água com álcool sobre o corpo, levando-a rapidamente ao PS.


PERTURBAÇÃO MENTAL

O que é: Situações em que as pessoas apresentam distúrbios de comportamento como agressividade, perda de memória, agitação e nós temos que agir com calma e paciência para controlar e conduzir adequadamente ao atendimento médico de urgência.


ALCOOLISMO

A ingestão de álcool pode trazer sensações prazerosas. Como o excesso pode provocar sérios problemas para o indivíduo no seu meio familiar e social. Ingestão crônica causa cirrose e distúrbios psicóticos "Delirium Tremens".

Cuidados: Não discuta com o doente, não seja áspero ou autoritário. Não segure o doente, salvo para impedi-lo de ferir-se ou outrem.


PARTO SÚBITO

Parto é um ato natural - chame um médico ou providencie transporte para um hospital, quando possível.

O que fazer: Cuidar da higiene das mãos, tesoura, barbante e panos limpos. Mantenha a calma, converse com a parturiente transmitindo-lhe confiança. Acomode-a em decúbito dorsal elevando seu tronco. Cubra seu abdômen com um lençol limpo e esteja preparado para segurar o bebê se este vier a nascer, até a chegada ao Hospital mais próximo, caso você esteja levando a parturiente num carro particular e o parto desencadear.

Cuidados: Não interfira no processo de parto. Não lave a película de cor esbranquiçada que cobre o corpo do RN. Ela protege a pele. Nenhuma medida deverá ser tomada com relação aos olhos, ouvidos, nariz e boca do bebê. Jamais puxe ou tracione o cordão umbilical ligado à mãe enquanto ela expulsa a placenta. Encaminhe sempre mãe e filho ao hospital mesmo que ambos estejam bem.
Cuidados com o recém-nascido: Se o mesmo não estiver respirando aplique-lhe respiração boca-boca.

 

Primeiras atitudes diante de um acidente

Geralmente os acidentes são formados de vários fatores e é comum quem os presencia, ou quem chega ao acidente logo que este aconteceu, deparar com cenas de sofrimento, nervosismo, pânico, pessoas inconscientes e outras situações que exigem providências imediatas. Quando não estivermos sozinhos, devemos pedir e aceitar a colaboração de outras pessoas, sempre se deixando liderar pela pessoa que apresentar maior conhecimento e experiência.
Se essa pessoa de maior experiência e conhecimento for você, solicite a ajuda das demais pessoas, com calma e firmeza, demonstrando a cada uma o que deve ser feito, de forma rápida e precisa. Apesar da gravidade da situação devemos agir com calma, evitando o pânico. Devemos transmitir confiança, tranqüilidade, alívio e segurança aos acidentados que estiverem conscientes, informando que o auxílio já está a caminho. Agir rapidamente, porém dentro dos seus limites e usando os conhecimentos básicos de primeiros socorros. Às vezes, é preciso saber improvisar.

O que fazer: Prevenir o estado de choque. Controlar a dor e evitar  contaminação.

TRANSPORTE DE ACIDENTADOS


 
Cuidados: Antes de providenciar a remoção da vítima Controle hemorragias e respiração. Imobilize todos os pontos suspeitos de fraturas. Evite e ou controle o estado de choque. Providencie uma maca. Durante a remoção ou transporte Em caso de ter que levantar o indivíduo, todo o seu corpo deve ser imobilizado. Para conduzir a um local seguro, puxe a vítima pelos pés, protegendo a cabeça ou pela cabeça. Ao levantar uma vítima de acidente, proceda com os cuidados adequados, preservando a integridade da coluna cervical, solicitando sempre a ajuda de uma ou duas pessoas presentes. No caso de dois ou mais socorristas para o transporte, podem ser utilizados os métodos de apoio, de cadeirinha, em cadeira, em braço, nas costas, ou pela extremidade, conforme as condições do local.
 
Como fazer uma maca: Abotoe duas camisas ou enrole-as sobre duas varas ou bastões resistentes.



10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA.

• 1. Mantenha a calma.

• 2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro: Você é a prioridade (o socorrista). Depois a sua equipe (incluindo os transeuntes). E por último e nem menos importante, a vítima. Isso parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas.

• 3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de imediato ao chegar no local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 193 (número do corpo de bombeiros da cidade de São Paulo).

• 4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente.

• 5. Mantenha sempre o bom senso.

• 6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.

• 7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão e se sentirão mais úteis.

• 8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa).

• 9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cárdiorespiratória ou que estejam sangrando muito.

• 10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2o mandamento).


TELEFONES ÚTEIS

Cruz Vermelha Brasileira do Rio Grande do Sul.
Av. Independência, 993
Porto Alegre RS
Secretaria Geral - (51) 3391-5946
Ambulatório - (51) 3391-5955
Depto. Socorro - (51) 3391-5953
Nosso email: Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Corpo de Bombeiros
193 - Atendimento 24 horas por dia.

Polícia Militar
190 - Radiopatrulha, ocorrência de trânsito e policiamento. Atendimento 24 horas por dia.

Pronto Socorro
192 - Pronto socorro policial. Para casos de acidentes ou emergências. Atendimento 24 horas por dia.

Defesa Civil - COMDEC
199 - Coordenadoria Municipal de Defesa Civil - Recebe denúncias de enchentes, desabamentos, incêndios e alagamentos. Atendimento 24 horas por dia.

DETRAN/ RS
Disque- Detran
Informações gerais sobre situação do veículo, habilitação, infrações, dentre outras.
08005103311 – ligações de dentro do Estado do RS.
Atendimento eletrônico 24 horas.
Atendimento pessoal das 8 às 20h
Serviço gratuito
(0xx51) 3288.2000 - ligações de fora do Estado do RS e de celular.
Atendimento pessoal das 08 às 20 horas.
Serviço tarifado.

IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS SOCORROS.

A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada, porém, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas. O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve se manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico.
Além disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro sem riscos para você. Não se esqueça que um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima. O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: deixar de prestar socorro à vítima de acidentes ou pessoas em perigo eminente, podendo fazê-lo, é crime.
Conceitos preliminares de Socorro de Emergência.
Deixar de prestar socorro significa não dar nenhuma assistência à vítima. A pessoa que chama por socorro especializado, por exemplo, já está prestando e providenciando socorro.
Qualquer pessoa que deixe de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo, estará cometendo o crime de omissão de socorro, mesmo que não seja a causadora do evento. A omissão de socorro e a falta de atendimento de primeiros socorros eficiente são os principais motivos de mortes e danos irreversíveis nas vítimas de acidentes de trânsito.
Os momentos após um acidente, principalmente as duas primeiras horas são os mais importantes para se garantir a recuperação ou a sobrevivência das pessoas feridas.
Todos os seres humanos são possuidores de um forte espírito de solidariedade e é este sentimento que nos impulsiona para tentar ajudar as pessoas em dificuldades. Nestes trágicos momentos, após os acidentes, muitas vezes entre a vida e a morte, as vítimas são totalmente dependentes do auxílio de terceiros. Acontece que somente o espírito de solidariedade não basta. Para que possamos prestar um socorro de emergência correto e eficiente, precisamos dominar as técnicas de primeiros socorros. Algumas pessoas pensam que na hora de emergência não terão coragem ou habilidade suficiente, mas isso não deve ser motivo para deixar de aprender as técnicas, porque nunca sabemos quando teremos que utilizá-las.


Algumas definições:


O que são primeiros socorros? Como o próprio nome sugere, são os procedimentos de emergência que devem ser aplicados a uma pessoa em perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até que ela receba assistência definitiva.
Socorrista É como chamamos o profissional em atendimento de emergência. Portanto, uma pessoa que possui apenas o curso básico de Primeiros Socorros, não deve ser chamado de Socorrista e sim de atendente de emergência. Devemos, sempre que possível, preferir o atendimento destes socorristas e para-médicos, que contam com a formação e equipamentos especiais.
Atendimento Especializado Na maioria das cidades e rodovias importantes é possível acionar o atendimento especializado, que chega ao local do acidente de trânsito em poucos minutos. Quando devemos prestar socorro? Sempre que a vítima não esteja em condições de cuidar de si própria.

PROCEDIMENTOS INICIAIS PARA ATENDEREM ACIDENTADOS.

É bom saber que o trabalho do socorrista realizado no local do acidente antes da chegada do médico é essencial, podendo significar a diferença entre a vida e morte do paciente. Portanto a prática dos Primeiros Socorros pode, por exemplo, evitar algum tipo de hemorragia, manter a respiração, impedir que uma lesão se agrave, prevenir o estado de choque, proteger regiões do corpo que sofreram queimaduras além de ter o cuidado necessário com ossos possivelmente fraturados. O transporte da vitima é outro fator de absoluta relevância. Mas antes de iniciar o atendimento é preciso inspirar confiança e evitar o pânico diante da vítima. Após seguir todos os procedimentos iniciais, qualquer outro tipo de atendimento é responsabilidade do médico e é preciso aguardar a sua chegada.


Primeiras atitudes diante de um acidente

Geralmente os acidentes são formados de vários fatores e é comum quem os presencia, ou quem chega ao acidente logo que este aconteceu, deparar com cenas de sofrimento, nervosismo, pânico, pessoas inconscientes e outras situações que exigem providências imediatas. Quando não estivermos sozinhos, devemos pedir e aceitar a colaboração de outras pessoas, sempre se deixando liderar pela pessoa que apresentar maior conhecimento e experiência.
Se essa pessoa de maior experiência e conhecimento for você, solicite a ajuda das demais pessoas, com calma e firmeza, demonstrando a cada uma o que deve ser feito, de forma rápida e precisa. Apesar da gravidade da situação devemos agir com calma, evitando o pânico. Devemos transmitir confiança, tranqüilidade, alívio e segurança aos acidentados que estiverem conscientes, informando que o auxílio já está a caminho. Agir rapidamente, porém dentro dos seus limites e usando os conhecimentos básicos de primeiros socorros. Às vezes, é preciso saber improvisar.